domingo, 27 de dezembro de 2009

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A consciência de vida dói. E a sentença me foi dada: os dias não podem ser iguais. Não porque não podem se repetir, aliás, podem, mas só não devem estar incobertos da indiferença que impede que eles firam, que nos firam. A vida tem de doer para se expandir. De todos as verdades absolutas que nos incutiram desde a infância, parece-me que a única verdade é: o sofrimento se amadurece e nos amadurece. Descobri também, contrariando os comercias de margarina e o pôr-do-sol, que o amor não é o mais importante de tudo, nem vale por tudo e nem supera tudo e, contrariando, agora, o vento, que o tempo não cura tudo, não fortalece tudo e, às vezes, nem envelhece tudo. O que era verdade não é mais e, muitas vezes, as palavras perdem a razão de existir. Há coisas para quais a boca e a voz de nada servem! e mais nada serve a não ser doer e refletir. Não se sabe o que é a vida, mas a sinto como nunca de uma forma dolorosa nunca sentida... acho que é o crescer ou são os dias em que faço meus percursos a pé no sol.

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