Seus braços se moviam quase submarinos, além da superfície dos homens.
Os braços diziam: "Leve-os, leve-os todos à barca e os joguem." E o homem nos conduzia: da cidade à areia - da areia ao mar - do mar ao fundo.
A barca era ele: o homem dono dos braços - que também se afogava, submerso.
Nós, em pouca multidão, distinguíamos o encantar da sinfonia - que ensaiava pelos ombros, pêlos, terno, dedos direitos e canhotos daquele homem. Um homem de braços e outros membros que regia as fantasias de nós.
Seguimos.
Onde quer que seus braços apontassem, para lá também sentíamos. E sentíamos um cada vez maior. E acima de nós, o mundo já pesava.
Era o fundo: distrito caudaloso.
Estávamos no abismo da força daqueles sons - enquanto nada houvesse, se era tudo. Era a execução da orquestra!