domingo, 5 de setembro de 2010

Inédito até para mim

Pensei que fossem mentiras: as coisas que dava como definitivas e as que dei como dolorosas. Porém, já cansei de concluir e sinto tédio em questionar, vou tratar é de ver, pois agora estou liberta. Liberta do que se sepultou em outrem, liberta do que não era meu e me prendia.
Minhas sílabas já retornam e, em breve, todo o meu universo de sensações - ainda que modificadas algumas órbitas - e verdade momentâneas se renovarão com o frescor da mudança e do meu tempo, da minha juventude - para que ela justifique os dias e as noites e furte, sim, um pouco da minha velhice e que o tempo a reserve para encaixar-se em minhas órbitas de calendários de uma vida repleta de plurais - de adjetivos, verbos e conjunções - e dos meus aconchegantes singulares, as palavras que realmente valem a pena. Que o agora valha toda uma existência, a breve existência.

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