Meus olhos testemunhavam-no. Viam-no mais que inteiro: viam seus reflexos, seus mormaços.
Ele se sentou à minha frente, de olhos grandes e existentes.
Fingíamos que o mundo todo habitava aquela mesma tarde, aquele espaço entre nós: aquele todo era a sós.
- Distante?
- Ainda mais perto.
- Perto?
- Do destino.
O mundo aplaudia, só com o início da noite, como por toda a eternidade, os abalos que causam tal encostar de frente de joelhos e olhos. Abalos que não se desperdiçam.
- Assim?
- Não.
- Não é destino escrito, prescrito?
- Destino navegável.
- Navegável?
- Há sempre caminhos, de qualquer jeito, em mim, navegável.
- Sou barco?
- É pedaço que leva a mim no houver, quase até secar.
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