domingo, 18 de dezembro de 2011

Decoração da Terra

Não seja preciso ir a lugar algum. O pricopó já está aqui dentro - quando apenas acordei em um dia de gente de Deus: houvesse uma neblina de reflexos comemorando a terra e o firmamento.
Cabia tudo levemente em mim.
Porém, nisso, a imperfeição estava em, às vezes, desejar diversos quereres concomitantes - nos é inerente o querer plural - mas nosso corpo se apetece sempre por um único querer, creia-se, coagulando-se olhos em um único porvir - creia-se.

O processo da definição da vontade era o corpo naquela precipitação prévia de doença, embutindo todos os destinos no qual poderia se coagular - tornar estátua o que principiava morte. Era essa a escolha do corpo. Por isso não era necessário contonar o mundo, todo o sangue estava em mim.

Estava no meu sangue. inclusive, as imagináveis felicidades que não conseguiria reproduzir.

E no dia de Deus, em que meu corpo me bastava como abrigo e continuação do mundo, após uma breve cãimbra sonora, meu corpo se levantou e foi à casa e observou e do alto, da varanda, todos os coágulos que firmam a Terra.

A Terra é coberta de vontades.

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