"Já amanheceram os seus dedos ao som do piano." - era suspendendo os silêncios que recebíamos as auroras.
Ao nascer, definitiva, a manhã, ele retorna - exausto das grandes composições e dos sentimentos intensos e sem finitude - à procura do restante sonho, onde eu - sei - estive, e da realidade: em que meu corpo compreende toda a temperatura necessária e os olhos fechados.
Ali, em pensamento, aguardando seus passos subirem as escadas, fingindo inédito, firmo a ideia de que as auroras o celebram tanto quanto eu: são as luzes do sol.
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