Com a comida entre a boca e os dentes - soprou-lhe uma sensação: ser esposa. Via-se num quarto de luz acesa, com as janelas abertas.
Janelas transmissoras do vento, que terminava por tomar alguma parte dela: esposa onde o vento varre as suas partes.
Imaginando-se esposa só, apreciando - tal como janeiro - a dimensão das paredes brancas, o eco que ali cabia, o descanso de uma noite.
E mulher que sabe que há quem, outro, que dela aguarda o que dela - ela deixa fugir, no vento.
Era o melhor dos gostos rápidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário